domingo, 23 de setembro de 2012


Cálculo na Lanchonete


A história seguinte foi contada por uma professora de matemática.
Numa tarde de domingo, voltando do cinema com meu filho André, paramos numa lanchonete para tomar um guaraná. Depois, ele resolveu pedir um sanduíche de queijo, uma porção de batatas e um sorvete.
Brincando, eu disse:
- Se você disser quanto custa tudo isso, eu compro.
André ficou olhando a tabela de preços, tentando encontrar mentalmente a resposta.
- Cinco reais e dez centavos! Foi a resposta.
- Você perdeu o lanche por um real. Mas vou lhe dar outra chance: quanto custa um sanduíche de salame e um sorvete?
Desta vez André pegou um guardanapo e um lápis e fez a conta certa.
Ele ganhou o lanche e eu fiquei intrigada, pensando como os balconistas fazem as contas mentalmente, sem usar lápis e papel. Perguntei a meu filho como havia feito a primeira conta e ele descreveu o processo usual do "vai um", ensinado na escola para fazer com lápis e papel.
Então perguntei ao balconista o preço de um sanduíche de queijo, mais uma porção de batatas e um sorvete. Ele pensou um pouco e respondeu:
- É seis reais e dez centavos.

- Certo. Mas como foi que você fez o cálculo?

- Bem, vou explicar. É assim... 
Meu filho quis saber então como eu faria, mentalmente, esse cálculo. Descrevi o que faço mentalmente:
Geralmente, nas escolas, não se exercita o cálculo mental. Aprende-se a somar de um único modo, a técnica do "vai um", que torna as pessoas dependentes, como mostra o exemplo de André na lanchonete.
Na técnica do "vai um", somamos da direita para a esquerda (primeiro as unidades, depois as dezenas, etc...).
No cálculo mental, como aqueles feitos pelo balconista e pela professora, as adições são realizadas da esquerda para direita, ou seja, primeiro são somadas as centenas e, depois, acrescentadas as dezenas a as unidades.

Fonte: http://educar.sc.usp.br/matematica/m2p1t2.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário