domingo, 2 de setembro de 2012

Guy Brousseau: O Pai da Didática da Matemática



   Desde o educador tcheco Comênio, a palavra "didática" vem se referindo aos estudos sobre os métodos de ensino que levassem a procedimentos gerais mais eficazes. 
   No século XX, com os estudos de Lev Vygotsky e Jean Piaget, o modo como as crianças aprendem começou a ser investigado. Nas últimas décadas, a pesquisa didática se aprofundou na relação específica entre conteúdos de ensino,a maneira como os alunos adquirem conhecimento e os métodos.
   No campo das matemáticas, esse trabalho vem avançando e o francês Guy Brousseau é um dos responsáveis por isso. "Como um dos pioneiros da Didática da Matemática, ele desenvolveu uma teoria para compreender as relações que acontecem entre alunos, professor e saber em sala e aula e, ao mesmo tempo, propôs situações que foram experimentadas e analisadas cientificamente", diz Priscila Monteiro, selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador nota 10. Docentes e estudantes são atores indispensáveis da relação de ensino e aprendizagem, mas Brousseau se perguntou sobre um terceiro elemento: o meio em que a situação evolui. 
   A teoria das Situações Didáticas desenvolvida por ele se baseia no princípio de que "cada conhecimento ou saber pode ser determinado por uma situação", entendida como uma ação entre duas ou mais pessoas. Para que ela seja solucionada, é preciso que os alunos mobilizem o conhecimento correspondente. Um jogo, por exemplo, pode levar o estudante a usar o que já sabe para criar uma estratégia adequada. 
   Nesse caso, o professor adia a emissão do conhecimento ou as possíveis correções até que as crianças consigam chegar à regra e validá-la. Ele deve propor um problema para que elas possam agir, refletir, falar e evoluir por iniciativa própria, criando assim condições para que tenham um papel ativo no processo de aprendizagem. Brousseau chama essa situação de adidática. Mas, segundo o pesquisador, a criança ainda "não terá adquirindo, de fato, um saber até que consiga usá-lo fora do contexto de ensino e sem nenhuma indicação internacional". 

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/guy-brousseau-473927.shtml

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