segunda-feira, 3 de setembro de 2012


O Desenvolvimento da Matemática Entre os Povos Antigos 



   Na lição deste módulo apresentamos os sistemas numéricos egípcio e romano. Outras civilizações da Antigüidade, como as dos babilônios, gregos, chineses e hindus, criaram seus próprios sistemas numéricos. Os maias, que viveram na América Central em tempos mais recentes, também desenvolveram um modo interessante de registrar números.
   Para a compreensão desta leitura, é importante observar que estas civilizações não vieram umas depois das outras. Pelo contrário, muitas coexistiram durante séculos e, embora localizadas em regiões diferentes, mantiveram contato umas com as outras. Com exceção dos maias, que habitavam a América, as civilizações da Europa, Oriente e Oriente Médio trocavam mercadorias e conhecimentos.
   O intercâmbio cultural envolveu também os conhecimentos matemáticos daqueles povos e se refletiu nas suas maneiras de contar e escrever os números.
   A história dos sistemas de numeração desenvolvidos por nossos antepassados muitas vezes se confunde com a própria história de seus criadores. As condições em que as civilizações do passado surgiram e evoluíram levaram ao desenvolvimento de conhecimentos práticos que constituíram o embrião de nossos amplos e diversificados conhecimentos atuais, em todas as áreas. Assim, a Matemática desenvolveu-se, inicialmente, a partir do modo de vida e das necessidades do dia-a-dia daqueles povos.
   As grandes civilizações do passado se desenvolveram às margens de grandes rios e dependiam essencialmente da agricultura. Para a organização das atividades agrícolas era necessário, antes de mais nada, dividir as terras e calcular a extensão que caberia a cada agricultor. A partir desses problemas, desenvolveram-se as primeiras noções de geometria e de medidas de áreas.
   Por outro lado, avaliar a quantidade de cereais produzida, distribuir os grãos entre a população, comercializar os produtos agrícolas eram atividades que exigiam um sistema de numeração e técnicas de cálculo.
   Era importantíssimo também prever as épocas de chuva e seca, de frio e calor, ou seja, as estações do ano, que determinavam momentos de plantar e colher. A previsão das estações só foi possível em função da observação cuidadosa dos movimentos dos astros e da posição do Sol, da Lua e das estrelas, nas diferentes épocas do ano. Os povos da Antigüidade, assim como os povos americanos que mais se desenvolveram (os maias, astecas e incas) criaram seus calendários, o que exigia conhecimentos de astronomia e habilidades de cálculo.
   Entretanto, nossos antepassados não se limitaram a conhecimentos de caráter prático. Foram mais longe, pelo prazer do conhecimento em si mesmo. Nisto, muito se destacaram os gregos. No campo da Matemática, a ciência dos gregos atingiu grande desenvolvimento no século IV "a.C.", com Euclides, cuja obra sobre Geometria influencia o ensino dessa parte da Matemática, até hoje, em muitas de nossas escolas. Os gregos criaram seu próprio sistema de numeração, com base 10, utilizando letras para representar os números, o que não facilitava os cálculos.


   Os romanos, que expandiram seus domínios a partir do século V "a.C.", assimilaram uma parte da Ciência grega, mas interessaram-se sobretudo por suas aplicações práticas, na engenharia (construção de estradas e aquedutos) e na medicina. No campo da Matemática não deram qualquer contribuição importante. 
   As invasões bárbaras, nos séculos V e VI "d.C.", acabaram por destruir o Império Romano e mergulharam o mundo ocidental num período pouco favorável ao desenvolvimento da Ciência.
Entretanto, enquanto o Império Romano declinava, uma grande civilização florescia no Oriente, no vale do rio Indo, entre as regiões que atualmente constituem o Paquistão e a Índia.

Fonte: http://educar.sc.usp.br/matematica/let1.htm

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